Raiva transformada em Coragem

A Raiva é uma emoção natural que nos ajuda a tomar decisão para agir. Ela traz a coragem para impulsionar as atitudes que precisam ser tomadas diante da indignação, sem ela viveríamos paralisados. Mas quando acessada sem alinhamento, é conduzida pelo nosso animal interno preso originando a crença “preciso me vingar”, acredita então, que precisa descarregar as mágoas do passado. (Saiba mais sobre os polos emocionais criança e animal aqui).
Sem higiene emocional e mental, essas crenças foram armazenadas no inconsciente e se transformaram em ressentimento, evoluíram para ódio e por fim se tornaram sentimentos de vingança. Como bombas ao serem acionadas diante dos relacionamentos, provocam desalinhamento com a fonte e nos levam ao distúrbio emocional da arrogância se transformando em agressão.
Posicionando-nos acima dos outros nos relacionamentos, perdemos a nutrição afetiva e o acesso às informações necessárias à compreensão. Sem segurança, a criança interna se deixa levar pelos resíduos emocionais da Teia de Medos armazenada no inconsciente. Desnutrida e angustiada por sofrer a pressão do animal interno que raivoso lhe pressiona, inconscientemente a criança interna assume o drama de controle do intimidador na busca da nutrição emocional despertando medo em seus relacionamentos.

Manifestando a fúria do animal preso, as emoções são liberadas sem controle e geram constrangimento em todo ambiente. Captando atenção em uma frequência baixa, a criança interna se sente nutrida, produz os hormônios do prazer, libera a tensão e se sente importante pelo comando da situação. Em muitos casos esse comportamento gera tragédias e inimizades, enfraquecendo cada vez mais os relacionamentos e a confiança nos relacionamentos.
Ligando o GPS, usando as chaves da respiração profunda, relaxamento e se posicionando conectado à fonte ao lembrar que ela é a nossa consciência que nos traz luz e compreensão, notamos a chegada da Raiva e usamos o autocontrole. Percebendo a situação, o observador acolhe a criança e usa alguma atividade artística como o canto, a dança, a escrita e guarda a informação que a Raiva indicou para ser processada no momento da avaliação diária, quando terá condições de avaliar e aprender com a situação.
Ao se deitar, lembre-se da emoção depois de respirar e visualizar seu animal interno livre, acolha sua criança interna agradecendo tudo que aconteceu de bom no dia. Visualize uma fogueira, lembre-se da Raiva que sentiu e queime nela. Ao acordar, pesquise qual indicador essa Raiva estava apontando e permita sua criança interna escrever o que sente. Pesquisando a origem das mágoas contidas nos arquivos da memória, deixe sair toda a emoção e as informações e depois faça uma leitura, assim poderá esclarecer à sua criança interna sobre esse sentimento desconstruindo a crença que gerou esse distúrbio até que ele se desfaça.
Desfazendo a crença limitante, sua criança terá conhecimento para ligar o GPS pessoal quando aparecer o distúrbio e não mais se deixar levar pelos bloqueios que se transformarão em combustíveis.